Introdução à Estratégia em Qualidade

Introdução

A qualidade não sai mais de nossos diálogos e pensamentos, está em toda a parte. E até quando ela não está, pensamos nela.

Seguindo essa trilha, alguns que buscam a qualidade através de programas são bem-sucedidos e outros não, por motivos, às vezes, sem ligação aparente. E por causas óbvias de ingerência, também.

Poder-se-ia questionar o estudo da qualidade como estratégia da seguinte maneira: Até que ponto existem fatores relevantes na implantação de programas de qualidade? Nem todas as empresas que investiram nesse ponto são líderes de mercado. Se todos pensam no assunto, como explicar tantas histórias diferentes? Porque sempre há aquele que pensa ou investe mais em qualidade em um determinado momento, e os outros têm que fazer o mesmo, o mais rápido possível e de acordo com as circunstâncias. Assim, qualidade também é saber analisar procedimentos concorrentes e agir.

Primeiramente, é introduzido o tema qualidade, contextualizando-o junto ao objetivo do trabalho. Além do nivelamento das preocupações inerentes ao assunto, se faz mister um breve exame de alguns dos mais conhecidos programas e processos para a melhoria da Qualidade.

O desenvolvimento, ou corpo principal do trabalho, é o estudo e o perscrutar dos fatores: elemento humano, estrutura organizacional, custos e tecnologia e concorrência, correlacionando-os com os pensamentos sobre Qualidade expostos anteriormente. Seguindo essa ordem, relaciona-se a busca da Qualidade com a preocupação com elementos como cultura e clima organizacionais, liderança, motivação, custos do ponto de vista estratégico, o caminho das informações pela estrutura da organização e por outras estruturas informais ou provisórias, os concorrentes e os limites da tecnologia.

Finalmente, são feitas associações e se conclui o assunto que, certamente, extrapola este esforço de pesquisa. Entretanto, a intenção é exatamente a criação da polêmica crítica e saudável, não havendo esquiva, contudo, da responsabilidade e risco do posicionamento necessários ao autor.

A implantação de Processos e Programas de Qualidade em empresas públicas e privadas tem sido uma constante no Brasil, que hoje se situa dentre os países com um dos maiores índices de certificação, sem que isso expresse, na mesma proporção, uma melhoria dos produtos e serviços colocados à disposição de nossos clientes.

Os sucessos e fracassos de melhoria da Qualidade se alternam indiferentemente sem que busquem as causas ou circunstâncias que determinaram essas situações.

O processo GQT e os Programas de Qualidade tradicionalmente têm sido implementados por intermédio das normas internacionais ISO (International Standard Organization) da série ISO 9.000, e, principalmente, pelos critérios de avaliação do Prêmio Malcolm Baldrige, que no Brasil se materializou pela criação do Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ). Formam um conjunto de regras e procedimentos que têm a finalidade de orientar a organização, no sentido de garantir as condições básicas para o sucesso do empreendimento.

Se, de uma maneira geral, as normas orientam “como fazer” gerencialmente e operacionalmente, elas por si só não garantem o sucesso na busca pela qualidade, pois existirão fatores intervenientes, internos e externos à organização, que poderão retardar o processo ou até levá-lo à inoperância.

Os autores clássicos na área da Qualidade, como Deming, Juran, Garvin, Ishikawa e Crosby assinalaram que a busca pela Qualidade exige e promove mudanças estratégicas, estruturais e culturais nas organizações, o que obriga a que se considerem determinadas dimensões que reduzam a incerteza na implantação desses processos.

Qual a estratégia a ser utilizada para reverter as críticas que têm havido sobre a GQT? Quais os fatores críticos a serem considerados e que viabilizam essa estratégia e outras em prol da Qualidade?

Identificar, caracterizar e analisar fatores críticos a serem considerados na estabelecimento de uma estratégia de implantação da Qualidade, com ênfase em processos corporativos de melhoria da Qualidade é a tônica principal, por abrigar a totalidade das iniciativas em Qualidade, pela freqüência de sua utilização e pela mística que a cerca.

Apesar do grande número de empresas certificadas, e da “qualidade” ter se tornado um tema emblemático nos últimos anos, os estudos sistemáticos não correspondem à importância que o assunto tomou no país, a partir da implantação do “Programa de Qualidade e Produtividade Industrial” em 1990, no Governo Fernando Collor de Mello.

Nesse sentido, entende-se que qualquer abordagem que se fizer, buscando consolidar os conhecimentos nesse campo, se constituirão em contribuição de importância. Entretanto, é reconhecida a carência de pesquisas aprofundadas junto a empresas que implantaram ou tentaram implantar a Qualidade em suas diversas formas, o que constitui uma limitação para os estrategistas no direcionamento de energia.

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