Teoria Geral e Administração Avançada
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Prefácio á Segunda Edição
O objetivo desta obra não é discorrer somente sobre a Teoria Geral, mas tratar dos pilares da Administração: aplicações da Teoria Geral; Processo da Administração; Funções Elementares; e das conexões com o moderno e com o futuro.
A sensação de estar passando aos alunos informações incompletas e talvez até equivocadas nas disciplinas Teoria Geral da Administração (TGA) e Teoria das Organizações (TO) veio de imediato, desde os primeiros anos de formação em administração, quando do contato direto com as obras clássicas sobre o assunto.
Outro incômodo que me acompanhava, e a outros colegas, era a cronologia das abordagens ou teorias da administração utilizada nas referidas disciplinas. A própria cronologia das publicações não se relacionava com a estrutura que tínhamos em TGA. A única opção dos professores era subentender que a cronologia seguia ondas de impacto nas empresas; primeiro tiveram o impacto da administração científica, depois sentiram a necessidade de se preocupar com os recursos humanos etc. Mas após uma pesquisa histórica, no âmbito dos Recursos Humanos (RH) na empresa, verificou-se ampla aplicação de técnicas motivacionais e mesmo a existência de sistemas de RH anteriores aos trabalhos de Elton Mayo e de Mary Parker Follet. Dessa forma, a cronologia não era bibliográfica nem de acordo com a evolução da administração das próprias empresas.
O que finalmente mostrou a necessidade do presente estudo foram duas pesquisas: uma na área de sistemas e outra ligada à estratégia. A primeira buscava a aplicação da cibernética às empresas e para tal, todo o histórico do assunto “sistemas” fora levantado. Algumas conclusões do primeiro estudo foram utilizadas nos capítulos referentes a Sistemas e ao Controle, no presente livro. Em estratégia, os primeiros estudos de Igor Ansoff já mostravam que o que havia de moderno através da abordagem contingencial já ocorria no mundo empresarial de maneira estruturada. A obra de Alfred Chandler também indicou características da abordagem Contingencial nos primórdios de 1900 nas organizações.
Outros estudos vieram e o grande desafio foi oferecer mais uma sugestão na busca de uma Teoria Geral. Esse desafio tem sido enfrentado por muitos há quase um século, e nunca terminará, por sua natureza mutante e de cunho evolutivo.
Procurou-se, num primeiro momento, a conexão do que existe de mais moderno em administração com a própria Teoria Geral e com assuntos até então não incluídos nos estudos da disciplina, sempre visando o impacto nas organizações. Em segundo lugar, uma base teórica que realmente fora transferida às empresas de maneira consistente e visando resultados (Teoria Geral Empresarial – TGE). Tópicos especiais, a participação da Teoria Geral em diversos tipos de negócio e a discussão da administração do futuro formam demais Partes.
Nesta edição, ampliou-se a aplicação da TGA a outras formas organizacionais, como franquias, instituições públicas etc., assim como a Administração Factual.
O autor agradece mais uma vez as críticas e sugestões oriundas do exame deste trabalho, que contribuíram muito, e continua aberto aos comentários dos profissionais, pesquisadores e estudantes do assunto.
Mario Manhães Mosso – Abril de 2012.