Educação do Hábito – 5000 anos em 5 – O Brasil que queremos
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Prefácio
Se me permitem a confissão, tenho razões para crer que a educação do hábito é um dos elementos mais importantes para o desenvolvimento de uma nação no caminho da felicidade.
Minha especialidade é estratégia e planejamento, mas por necessidades de uma instituição de ensino, entrei na área de gestão ambiental. Embora sempre incomodado com a educação moral, foi a área ambiental que me permitiu as pesquisas que foram o embrião desse estudo.
Mas a área de gestão, ou administração, é sempre voltada á utilidade e à eficácia. Então, conectaram-se a utilidade, a moral e a educação.
E em um momento que não consigo precisar, percebi a ineficácia da educação ambiental; minha ineficácia. Alunos que me acompanhavam por todo o ensino médio e técnico, recebiam as informações sobre como cuidar e preservar o meio ambiente, desde o primeiro período. Entretanto, até o terceiro e último ano não executavam ações mínimas ou básicas de educação ambiental, como apagar a luz ao sair da sala de aula. De que valem três anos de conscientização se não apagam a luz? Afinal, o que queremos com a conscientização não são ações?
A partir dessa percepção, resolvi por buscar resultados evidentes, alterando completamente a minha metodologia de ensino para essa disciplina.
Entretanto, a questão não era ambiental, mas comportamental, logo, presente em qualquer área que o nosso comportamento pode afetar: todas as áreas do conhecimento.
Uma pesquisa anterior me mostrou que os hábitos têm força maior que o conhecimento, que o saber. E então que educar hábitos tem um impacto maior que toda a educação convencional, mas também aniquila esta, assim como a potencializa.
Este foi um livro demorado, porque as conexões e caminhos não me contentavam.
Qual a abordagem ou estrutura mais útil?
Estava desenvolvendo alguma coisa, mas não vinha a definição.
Resolvi começar pelo fim. Mas qual era o meu fim? Qual é o objetivo maior de tudo que fazemos em educação? Termos pessoas felizes e felizes com conhecimento, não a felicidade da ignorância, do “não saber”, do “não conhecer as verdades ruins”, que podem ser boas, mas nos torna vulneráveis.
Mas de que grupo homogêneo estou tratando? Brasileiros.
O fim ficou assim determinado: o país que queremos é X.
O que a educação não está fazendo de forma científica sobre o assunto?
A educação do hábito.
Rio de Janeiro, Fevereiro de 2015.
Mario Manhães Mosso